ÒSÚN encontrava-se com problemas no ventre e isso lhe causava dificuldades para engravidar,
Mas era do desejo de ÒSÚN engravidar; diante dessa dificuldade, Ela decide consultar ÒRÙNMÌLÀ.
ÒRÙNMÌLÀ diante do problema de ÒSÚN, lhe ofereceu uma ajuda, indagando que ela deveria seguir um preceito e nesse preceito ela deveria oferecer comida a todas as suas irmãs.
ÒSÚN lhe disse que era impossível, pois cada uma comia uma coisa.
ÒRÙNMÌLÀ lhe respondeu:
“Se esforce, tens que criar um prato onde todas irão comer!”
ÒSÚN então responde:”mas como?”
ÒRÙNMÌLÀ de pronto lhe responde:
“Você vai procurar uma estrada que parece não ter fim, caminhará e caminhará, algum tempo depois encontrará um homem que lhe presenteará com um fruto!”
ÒSÚN ficou meio desconfiada, mas era a única maneira de se livrar do problema.
Então ÒSÚN no primeiro raiar do sol, no dia seguinte, saiu à procura dessa estrada, passou por matas, rios, caminhos de pedras e ventanias..
Mas no fim encontrou a estrada, e tornou-se a caminhar, parou e descansou, mas voltou a caminhar…
Até que avista um homem, parado na estrada, esse homem era ÒGÚN.
ÒGÚN ficou espantado de ver ÒSÚN ali, pois todos sabiam que ÒSÚN não saía de seus rios pra quase nada, ficava sempre no rio esperando os presentes e se banhando.
Ela não gostava de sair de seu palácio de águas e, naquele momento ela estava ali, em uma estrada quente e sem acomodação.
Com esse espanto de ÒGÚN ele lhe pergunta:
“O que lhe traz aqui, ÒSÚN?”
Assim ÒSÚN conta a ÒGÚN o que lhe passava.
Então ÒGÚN vai até a beira da estrada e colhe um fruto chamado ISÚ e o entrega a ÒSÚN, lhe dizendo para preparar uma comida chamada IPETÉ a comida que acalma;
“e entregue às suas irmãs…”
ÒSÚN lhe pergunta:
“O que quer em troca?”
E ÒGÚN muito encantado com a beleza de ÒSÚN lhe responde:
“Nada! Você só terá apenas que sustentar sobre o seu ORÍ e sob a panela do IPETÉ a folha de ABRE-CAMINHO; também não esqueças de acomodar todos os ÒKÚTA de suas irmãs sobre o IPETÉ.”
ÒSÚN ouviu atentamente as recomendações de ÒGÚN e seguiu as suas orientações; pouco tempo depois nascia LÒGÚN ODE (o filho querido de ÒSÚN ).
A partir desse ÌTÒN , todos os anos é servido em ritual a comida IPETÉ à ÒSÚN..
Sempre abaixo da panela dessa comida e colocado as folhas de Abre-Caminho, sem esquecer de acomodar os ÒKÚTA sob o IPETÉ.
Também não podemos esquecer que por causa desse ÌTÒN, o único ÒRÌSÀ masculino que pode carregar a panela do IPETÉ, é LÒGÚN ODE.
ORIN :
“OLÓOMI MÁA
OLÓOMI MÁÀ IYÓ,
OLÓOMI MÁÀ IYÓ ÉNYIN AYABA ODÒ Ò YÈYÉ Ó
OLÓOMI MÁA
OLÓOMI MÁÀ IYÓ,
OLÓOMI MÁÀ IYÓ ÉNYIN AYABA ODÒ Ò YÈYÉ Ó
A ÌYÁ ÒSÚN ,ÒSÚN O YÈYÉ Ó
A ÌYÁ ÒSÚN ,ÒSÚN O YÈYÉ Ó
A ÌYÁ ÒSÚN ,ÒSÚN O YÈYÉ Ó”
TRADUÇÃO:
“Senhora das águas doces, Senhora das águas sem sal
Sois a velha mãe do rio.
A mãe ÒSÚN sua saudação”
ODÀBÓ
Kì OYA ìwúre wa
Texto de ÌYÁ Angela ti OYA